ORLANDO — Imagine um parque aquático paradisíaco em meio a uma grande cidade. Praias artificiais com ondas, espreguiçadeiras alinhadas em perfeição milimétrica e salva-vidas que lembram Pamela Anderson e Carmen Electra em “SOS Malibu”, famoso seriado dos anos 1990. Pois bem, depois de experimentar a nova atração do Aquatica, em Orlando, o Ihu’s Breakaway Falls, tudo isso fica, facilmente, em segundo plano.
Quem entra no parque, logo avista a nova atração, inaugurada em maio e fabricada pela canadense ProSlide. No topo, a 25 metros de altura, há uma espécie de mirante-deque todo em madeira com quatro toboáguas até o chão. É o mais alto e mais íngreme escorregador de Orlando, segundo o parque.
Ao subir, o visitante não faz ideia de como é seu ponto mais alto. Segue sem pensar, embalado pelo frenesi das férias no parque de diversão. Ao alcançar o último degrau, encontra a bonita vista de 360 graus do local — que, acredite, conta com 38 toboáguas, seis rios artificiais e mais de sete mil metros quadrados de praia. No Ihu’s há três coloridas cabines de queda (semelhante a cápsulas) de mais de dois metros e meio de altura e um diâmetro de quase um metro cada.
Uma dica é não tentar ver como funciona antes de experimentar. Ao entrar na cápsula, o visitante se depara com o início de uma contagem regressiva de três segundos e um som que reproduz a batida acelerada de um coração. Nesse rápido tempo, é possível pensar em tudo: “O que estou fazendo aqui? Porque subi 218 degraus descalço e apenas com roupa de banho? Será que dá para desistir? Porque não está chovendo? Não estou em pânico, não estou em pânico!”.
Com os pensamentos a mil, o chão se abre inadvertidamente, apesar da contagem regressiva. E o visitante desaba em um tubo completamente escuro, com água escorrendo pelas paredes íngremes. Atenção: entrar em uma dessas cabines significa despencar em uma queda com velocidade de seis a sete metros por segundo, com inclinações de até 40 graus.
De cara, a primeira parte da atração conta com uma queda livre que chega a 12 metros. Depois, vêm curvas e mais curvas em espiral. A essa altura, a adrenalina e a incerteza não permitem pensar com clareza. As sensações são tão rápidas que o cérebro não consegue processar o número de voltas e os movimentos feitos no trajeto.
— Procuramos criar algo que as pessoas queriam. A altura desafiadora, as curvas inéditas e a velocidade aumentam a adrenalina. A cor de cada toboágua representa uma experiência diferente — diz Bryan Nadeau, diretor de Operações do Aquatica.
Entre as cabines, a azul tem queda mais longa que a do tubo verde. O toboágua laranja é o que tem a maior extensão; porém, com curvas menos intensas que as outras cores. Há ainda um quarto escorregador com tubo em cor roxa. Sem a cabine de queda, com partida tradicional (sentado ou deitado), é o mais íngreme de todos. Mas não espere desembocar em uma piscina. O ponto final do brinquedo é como uma longa pista em que se perde velocidade até parar. E as crianças são as mais empolgadas.
De tão radical, é proibido usar colares, pulseiras e relógios. Brincos, só os bem pequenos. Por isso, deixe tudo em armários, oferecidos pelo parque (mas não são gratuitos; leve dinheiro ou cartão). A quantidade de água dentro dos tubos não chega a atrapalhar. Mas é bom ficar de boca fechada. Além de cruzar as pernas, o visitante deve ainda traçar os braços junto aos ombros.
Detalhe: a atração foi inspirada em uma lagartixa, réptil de sangue frio, claro. Será que precisa de mais explicações? Portanto, não pense muito na hora de entrar “pelo cano” no Aquatica.
Busch Gardens: US$ 101,65 (acima de 10 anos) e US$ 96,30 (3 a 9 anos).
SeaWorld: US$ 101,18 (acima de 10 anos) e US$ 95,85 (3 a 9 anos).
Promoções: O pacote SeaWorld/ Aquatica custa US$ 143,78 (acima de 10 anos) e US$ 138,45 (3 a 9 anos). SeaWorld/ Aquatica/Busch Gardens sai a US$ 176,08 (acima de 10 anos) e US$ 170,14 (3 a 9 anos).